O dia 16 de junho de 2012 vai ficar marcado para o cooperativismo brasileiro. Isso porque a OCB Nacional e o Sistema OCB/Sescoop-RJ promoveram no espaço Agro Brasil, no Píer Mauá, o Dia do Cooperativismo, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Os principais assuntos discutidos foram políticas públicas e inclusão social, sociedade e agricultura, práticas agrícolas e tecnologias sustentáveis, produção de alimentos, segurança alimentar, meio ambiente e reciclagem. Fizeram parte da mesa principal o presidente da OCB Nacional, Márcio Lopes de Freitas, o presidente da OCB/RJ, Marcos Diaz, a diretora de negócios da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Betsy Dribben, o vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Carlos Rivacci Sperotto, o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, e o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Camargo Chandoha. Márcio Lopes esclareceu porque este ano de 2012 é o Ano Internacional do Cooperativismo e informou que isso vem tentando ser concretizado há tempos, e que, diante de um agravamento da crise econômica, as cooperativas obtiveram resultados atípicos, não fazendo parte desta crise. “As cooperativas avançaram e a responsabilidade alavancou diante do bom entendimento com os seus sócios, que supriram as expectativas em todos os setores. Considero este momento, mais do que uma comemoração, um reconhecimento”, ressaltou o presidente. Marcos Diaz informou que o Sistema vem trabalhando numa forte parceria com os municípios do Estado do Rio de Janeiro capacitando os pequenos e médios produtores. “No Ano 2012, o cooperativismo se sente orgulhoso em participar das discussões na Rio+20, trabalhando por medidas em prol do desenvolvimento sustentável. Nosso movimento é um modelo socioeconômico diferenciado, que valoriza as pessoas e gera distribuição de riquezas e inclusão social. E o Estado do Rio de Janeiro tem trabalhado para inserir a população local nesse contexto”, destacou Diaz. Para a diretora de negócios da ACI, o Brasil está extremamente ativo e a grande parte se deve ao cooperativismo, alcançando o que é importante e se integrando em todos os aspectos. “Esperamos fazer história na cidade do Rio de Janeiro com a declaração da Rio+20 no cooperativismo para um desenvolvimento sustentável. Realmente estamos buscando construir um mundo melhor e espero que consigamos isso por escrito”, disse Betsy Dribben. A Rio+20 está conhecendo toda a trajetória e a estrutura do cooperativismo. Carlos Rivacci pontuou que houve um crescimento na agricultura, mas que depois vieram os problemas. “Problemas estes que foram vencidos por causa do conteúdo das cooperativas, pois somos os maiores exportadores de alimentos do Brasil”, disse. Em seguida, Pedro Arraes destacou o projeto Bioma, que tem a intenção de construir soluções para a proteção e o uso sustentável no campo. “Temos que nos orgulhar. De forma profícua, construímos agricultura mais sustentável e ainda temos muito que acrescentar”, frisou. Dando sequência às palestras, a temática Cooperativismo e Sustentabilidade Agropecuária foi ministrada pelo chefe de Produção e Desenvolvimento Agropecuário (DEPDAG – MAPA/RJ), Celso Merola Junguer. O fiscal federal agropecuário do DEPDAG, Carlos Alberto Rocha, destacou o programa do Plano ABC. Em seguida, o tema abordado foi Agricultura Familiar Contemporânea e seus Desafios e Segurança Alimentar Nutricional na Agricultura. A palestra foi ministrada pelo secretário executivo de segurança alimentar nutricional, Francisco Guimarães, que comentou que a questão norteadora da agropecuária na agricultura familiar está focada no cooperativismo, sendo essencial em todos os aspectos. “Precisamos fomentar ainda mais este caminho para o agricultor ter acesso às técnicas”, afirmou Carlos Lopes. O deputado federal Edson Santos, que compôs a mesa na parte da tarde, informou que se deve estabelecer uma relação de troca com países que possuem uma noção sobre o cooperativismo. “Assim, é possível ampliar a área e a troca de experiências em todos os ramos cooperativos. São elementos fundamentais para que se possa contribuir com a Rio+20 para um mundo melhor”, disse. O superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, que ministrou palestra sobre ‘Agricultura Familiar e Economia Verde na Produção do Cooperativismo Fluminense’, considerou o evento gratificante para todas as cooperativas. Em sua apresentação, Barros frisou a importância do cooperativismo no processo de sustentabilidade socioeconômica e ambiental, propiciando novas oportunidades para todos que se dedicam à agricultura familiar de forma consciente e cooperativa. “E o Sescoop/RJ está de portas abertas para auxiliar em cada passo que esses grupos necessitam para crescer de maneira totalmente sustentável”, destacou o superintendente. A segunda etapa do evento contou também com os painéis “Cooperativismo e Certificação – Ferramentas para a Agroindústria Sustentável”, apresentado pelo tecnologista e engenheiro químico do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Rodrigues de Sousa, e “Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária”, com o fiscal federal agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ronaldo Gil Pereira. Foram apresentadas ainda as palestras “Quilombos e Comunidades Tradicionais: uma Reflexão do Processo Histórico”, com o historiador Emanoel Campos Filho, e “Cooperativas Orgânicas e Agroecológicas: Sustentabilidade Agrícola e Social”, com professora Sylvia Wachsner, da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Encerrando o encontro, esteve presente a Cooperativa de Médicos Veterinários do Rio de Janeiro (Unimev Rio), apresentando um case de sucesso com o médico veterinário e cooperado Márcio Machado Carneiro. Ele mostrou o trabalho realizado em aproximadamente 70 lojas. Devido a isso, a importância de ter a necessidade de um Termo de Segurança Alimentar. “Não basta fazer a sua parte, precisa fazer parte”, concluiu Márcio. Ao final do evento, ocorreu o lançamento do livro “Cooperativismo Contemporâneo”, do cientista social Júlio Aurélio Vianna Lopes, publicado pelo Sescoop/RJ. No Rio de Janeiro, ligadas à OCB/RJ, existem 482 cooperativas, com 230 mil cooperados e 7,9 mil empregados. A Rio+20 está sendo um momento de integração do segmento e de apresentação deste importante modelo de trabalho e negócios para o Brasil e para o mundo. Fonte: Thaís Penna e Renata Correia – Montenegro Comunicação – Assessoria do Sistema OCB/Sescoop-RJ | 
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